A Nike finalmente acabou com o mistério e apresentou imagens oficiais do Roshe 2, sucessor do Roshe One, que originalmente se chamava Roshe Run.
Desde que foi lançado o Roshe One leva a filosofia de “somente o necessário” para o tênis e foca no conforto para o dia-a-dia, elevando três premissas: conforto na base dos pés, conforto no cabedal e conforto duradouro (para aguentar várias horas em pé).
O homem que desenvolveu o Roshe 2 é Dylan Raasch, o mesmo que criou o Roshe Run Original. A grande lição aprendida pela Nike, foi que o mercado abraçou um silhueta de projeção simples e limpa; confortável; durável; com preço acessível e sem nenhum hype.
Com a tecnologia Flyknit no cabedal que dá a sensação que uma luva abraça o seu pé, esse modelo promete ser o mais confortável para te ajudar a encarar a correria da rotina.
"Flexibilidade nem sempre equivale a conforto. É mais complicado do que isso", afirma Dylan Raasch, designer-chefe do Nike Roshe Two e de seu antecessor, Nike Roshe One, que defendia a filosofia “somente o necessário”.
Para criar o mais alto nível de conforto, o Nike Roshe Two alia uma espuma de densidade dupla na sola interna com um solado externo inovador, estruturado para aumentar a flexibilidade e permitir que cada parte da sola se movimente de forma independente. Com uma nova entressola tri-fusão de IU, o tênis traz três densidades diferentes que asseguram compressão nas áreas certas e durabilidade. A densidade mais baixa está localizada diretamente sob os pés, aumentando o amortecimento; já a densidade na superfície mais elevada da sola externa protege contra o impacto.
Outro ponto muito importante e muito bem pensado no Roshe Two é o fato do tênis precisar se antecipar à fisiologia associada a esse tipo de situação para ser usado ao longo do dia. À medida que as horas avançam, os pés incham e a temperatura dentro do calçado aumenta. O Nike Roshe Two oferece flexibilidade e ventilação no cabedal, compensando essas questões.
Seu lançamento está programado para dia 1 de setembro, pelo aplicativo SNKRS, seu preço sugerido é de 90 dólares na versão comum e 120 dólares na versão de Flyknit. Claro que teremos o tênis aqui no Brasil também, vamos aguardar a sua chegada para experimentar esse conforto!
ENTREVISTA COM DYLAN RAASCH
Abaixo segue os pontos importantes da entrevista com Dylan Raasch, aonde ele explica um pouco melhor todo o pensamento para chegar nessa combinação de 3 aspectos diferentes para o máximo conforto durante o dia inteiro.
PERGUNTA: Pensando no design, quais são os aspectos ou objetivos que você considera em relação ao conforto? Quando você olha para um tênis, o que garante o conforto – ou o que você pensa em inovar para garantir conforto?
DYLAN RAASCH: Bom, é o seguinte: existem três questões. A primeira é o conforto para a sola dos pés. É a mais óbvia, e envolve a sola interna e externa do calçado. A segunda questão é o conforto do cabedal. Também pode parecer evidente, mas queremos compreender exatamente como o tênis interage com o peito do pé. E o terceiro aspecto é o que começamos a observar mais recentemente: criar um conforto que dure o dia inteiro.
PERGUNTA: Você pode explicar melhor?
DYLAN RAASCH: No caso do conforto para a sola dos pés, a sola interna era inicialmente usada para cobrir a parte de baixo do tênis. Agora, ela se transformou na primeira camada do sistema de amortecimento. Ou seja: antes, o tênis tinha apenas uma sola interna – no Roshe One, era uma sola de IU ou Phylon. Agora estamos usando uma espuma de densidade dupla. No passado as pessoas diziam em um primeiro momento: “nossa, é super confortável”. Mas queremos ter certeza de que essa sensação dure o dia inteiro.
Em seguida, estudamos a sola externa. Ela é extremamente importante num tênis. A princípio, foi estruturada em cima de um conceito de IU macio. Mas como tornar isso ainda melhor? A saída é encontrar um jeito de deixar essa peça mais dinâmica. Muita gente pensa no Nike Free e acha que é super confortável. Na verdade, esse conforto está associado à flexibilidade do tênis. E nem sempre flexibilidade equivale a conforto. As coisas são um pouco mais complicadas. Queremos estruturar a sola externa e dar a cada lâmina a possibilidade de realizar movimentos dinâmicos. Se somarmos isso à espuma de densidade tripla e à sola interna, teremos conforto máximo para a sola dos pés.
E o cabedal... Bom, na verdade essa também é uma parte meio óbvia. Percebemos que as pessoas gostam da sensação de vestir uma meia. Tênis lendários como o Sock Racer e o Sock Dart já tinham esse tipo de caimento. Queríamos descobrir um jeito de trazer essa ideia para o Roshe One original. Então criamos um modelo feito de uma única peça, que abraça os pés. Ela é ultradinâmica e se adapta à anatomia do usuário. Para completar, acrescentamos um forro de espuma, para criar a sensação de meias acolchoadas. Por isso o tênis tem esse jeito meio de travesseiro.
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